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sábado, 13 de agosto de 2011

Chapeuzinho Vermelho

          


Houveram muitas versões dessa história mas todas elas com a mesma moral: cuidado com estranhos. 

Originalmente contada como fábula camponesa ao longo da França e Itália sob o nome de "La Finta Nonna" (A Falsa Vovó), e houveram incontáveis versões. A maioria delas sequer tinham o lobo, que fora substituido na época por um Troll, um lobisomem, ou um homem cruel, e as vezes sequer havia menção do gorro. O foco dessa história era como uma garotinha escapava das mãos de um predador usando esperteza, lábia ou sorte, isso caso escapasse, pois a depender de quem contava, a pobre chapeuzinho era devorada ou morta de formas bastante criativas e sádicas, sem vovó ou lenhador para salvá-la. Acredita-se que a história tenha surgido por volta do sec. XIV mas é provável que seja muito mais antigo.


Charles Perrault foi um dos primeiros a transformar o conto numa história escrita no século XVII e uma das versões mais famosas é "La Petit Chaperon Rouge", o famoso Chapeuzinho Vermelho, publicado nos "Contos da mamãe Ganso" em 1697. Mas sua versão não se diferenciava tanto das originais, pois não tinha um final feliz. A razão para isso é que ainda não havia se tornado popular entre as crianças. De fato essa versão foi escrita para o Rei Luis XIV, imperador da França, e contada pela primeira vez numa festa da corte estravagante banhada a muito vinho e prostitutas.

A versão mais conhecida foi escrita quase 100 anos depois, no século XIX pelos irmãos Grimm, que fundiram a história da chapeuzinho vermelho com o final de um conto menos conhecido, "O lobo e as Sete Criancinhas". O resultado é o conto hoje conhecido como o da garotinha que foi enganada por um lobo que devora sua avó e tenta devorar a criança também, mas ao quase conseguir é interrompido por um lenhador que nocauteia o lobo, abre sua barriga, salvando a vovó, e coloca pedras no lugar da velha. 

Então lembre-se sempre que contar a história da Chapeuzinho Vermelho, estará contando uma história de mais de 700 anos, alterada incontáveis vezes ao longo das eras e contadas por camponeses e reis. Agora lhe pergunto... Imagine os demais contos de fadas.

JJ

3 comentários:

  1. Achei muito instrutivo a matéria.Parabéns,já estava no blog quando recebi a mensagem.Boa sorte,e Fica com DEUS.

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  2. Gostei muito do seu blog...estou te seguindo!
    Ah os desenhos são lindos.
    Qdo tiver um tempinho passa lá
    http://odespertardumsonho.blogspot.com/

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